Os três suspeitos de envolvimento no incêndio que matou um jovem de 25 anos numa oficina de venda e reparação de motociclos em Arcos de Valdevez, saíram em liberdade.
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O proprietário da "Moto Racing", de 41 anos, a sua companheira e a namorada da vítima mortal, foram detidos sob forte suspeita de terem delineado, em conjunto, um plano para destruir totalmente a oficina pelo fogo para receber um seguro no valor de mais de 100 mil euros.
O incêndio correu mal e acabou por vitimar um dos executantes, Gael Cunha e provocar queimaduras na namorada, sua cúmplice, que, ao que o JN apurou, terá, entretanto, confessado o crime às autoridades.
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Os detidos foram ouvidos esta quarta-feira no Tribunal de Arcos de Valdevez, de onde saíram em liberdade, com obrigatoriedade de apresentações periódicas no posto da GNR da sua área de residência (Arcos de Valdevez).
O Ministério Público tinha pedido prisão preventiva, face à prova reunida pela investigação, à confissão de uma das detidas e "perigo de fuga" do proprietário da oficina e sua companheira de nacionalidade brasileira. Recorde-se que, na altura do incêndio, estes se encontravam ausentes no Brasil.
A mando do dono, Gael Cunha e a namorada, foram ao estabelecimento na madrugada de 4 de janeiro, transportando com eles três "gericans" de 25 litros cada um, contendo gasolina. O jovem derramou todo o combustível que ao deflagrar provocou uma violenta explosão, causando-lhe a morte.
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Os suspeitos, o homem de 41 anos, e as mulheres com 24 e 27, foram detidos na segunda-feira, 3 de fevereiro. Sobre os três recaem, segundo a PJ, "fortes suspeitas da prática de crimes de incêndio em edifício, homicídio qualificado na forma tentada e burla relativa a seguros qualificada, igualmente na forma tentada".