Tatuagem na nádega é pista para identificar corpo encontrado no centro de Lisboa
Uma tatuagem numa nádega é uma das pistas que as autoridades seguem para tentar identificar o homem que terá sido assassinado e cortado ao meio, em Lisboa. Ontem de madrugada, no Bairro da Lapa, na Estrela, funcionários da limpeza ficaram “em choque” quando encontraram metade do corpo, junto a um caixote do lixo.
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O “nível de violência” do caso, num bairro pacato da capital, também deixou os moradores incrédulos, sendo certo que falta esclarecer se a vítima foi ali assassinada ou se aquele foi apenas o lugar onde foi abandonada metade do cadáver.
Eram cerca de 2 horas quando funcionários municipais recolhiam lixo na Rua Maestro António Taborda, na Estrela, e encontraram um saco de plástico suspeito. Abriram-no e não queriam acreditar no que viam: a parte inferior de um corpo humano, cortado ao meio pela zona do umbigo.
A cabeça e o tronco não foram encontradas, mas, ontem, estimava-se, que o homem tivesse entre 20 e 40 anos. Já estaria morto há pelo menos 24 horas, segundo apurou o JN, por não escorrer sangue e pela rigidez dos músculos das pernas. Apesar disso, era visível a pequena tatuagem, numa nádega, que poderá ajudar a Medicina Legal a identificar o homem, se essa for uma característica de alguém desaparecido ou já identificado pelas autoridades por razões judiciais.
A Polícia Judiciária já terá visualizado imagens de videovigilância de um alojamento local da rua. “A Polícia ligou-nos às 4 horas a pedir informações e facultámos as imagens. Eu cheguei às 7 horas e a rua estava toda fechada, não sabemos o que terá acontecido”, disse ao JN Mónica Pereira, rececionista do alojamento turístico, com 38 hóspedes, que não se terão apercebido de nada.
No Bairro da Lapa, os moradores estavam “em choque”. “À hora a que encontraram o cadáver, eu podia estar a passear o meu cão e ter visto. É impressionante, estou chocado”, confessou Bernardo Valente, que mora na rua onde foi encontrado o corpo.
João Sobral, a trabalhar na zona há duas décadas, disse que “nunca aconteceu nada de semelhante aqui”. “É dos bairros de Lisboa mais pacatos que conheço. É um crime de um grau de violência a que não estamos habituados”, afirmou.
O presidente da Junta da Estrela, Luís Newton, afirmou, ao JN, que “a comunidade está toda em choque”.
PSP já não viu ninguém
Os primeiros agentes da PSP a chegar ao local não localizaram quaisquer suspeitos e preservaram a cena do crime até à realização das perícias pela Polícia Judiciária.
Ontem à tarde, a Polícia Judiciária ainda não teria identificado possíveis suspeitos do crime.