Funcionários terão acelerado processos de construção de empresários a troco de luvas. Um deles está em preventiva no âmbito da Operação Babel que mantém ex-vice de Gaia na cadeia.
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Três funcionários da Câmara do Porto foram acusados pelo Ministério Público (MP) de crimes de corrupção. A troco de luvas, terão privilegiado e acelerado processos de construção de edifícios a arquitetos e empresários. Um deles, Paulo Malafaia, também acusado de corrupção no processo Vórtex, de Espinho, está atualmente em prisão preventiva decretada no âmbito da Operação Babel, que tem como principal arguido o ex-vice-presidente da autarquia de Gaia.
De acordo com a acusação, que conta com 16 arguidos, os funcionários Silva C., Ricardo M. e Rodolfo N., detidos pela Polícia Judiciária do Porto em maio do ano passado, estavam ligados à Direção Municipal de Urbanismo. “Mediante a solicitação ou aceitação de vantagens patrimoniais, previamente acordadas com os demais arguidos, fizeram uso impróprio dos poderes de facto decorrentes das funções por si desempenhadas, bem como de conhecimentos e acesso a meios técnicos, que lhes permitiam atuar no seio da organização municipal, acompanhando, conhecendo, controlando, influenciando, determinando e acelerando a prática dos atos administrativos que constituem o encadeado próprio dos procedimento de licenciamento”, lê-se na acusação a que o JN teve acesso.