Suspeito foi sujeito a autos de reconhecimento promovidos pela PJ. Advogado garante que detido é inocente e não estava sequer no local da rixa.
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Vários estudantes que estavam à porta do Bar Académico, em Braga, reconheceram, esta sexta-feira, Mateus Machado como o homicida de Manuel Gonçalves, por todos conhecido por "Manu". A identificação do suspeito foi feita durante autos de reconhecimento promovidos pela Polícia Judiciária (PJ). Mesmo assim, António Falé de Carvalho, advogado do brasileiro detido ontem, garante que "Marley" é inocente e não ia fugir de Portugal.
O JN apurou que, hoje, a PJ levou a cabo diligências para identificar o homicida de "Manu" e sujeitou o principal suspeito, "Marley", a autos de reconhecimento. No âmbito dessas perícias, as testemunhas do crime, ocorrido na madrugada de sábado da semana passada, identificaram "Marley" como o homem que matou o estudante, de 19 anos.
Também hoje, os inspetores tentaram perceber se houve mais pessoas envolvidas no esfaqueamento que tirou a vida a "Manu" e, com esse objetivo, continuaram a identificar todos os que participaram na rixa, que teve lugar nas imediações do bar académico e que envolveu cerca de duas dezenas de jovens.
Por outro lado, a PJ também tenta ligar o homicídio com os dois crimes de fogo posto dentro do Bar Académico de Braga. Os episódios ocorreram após o assassinato de "Manu", em dois dias seguidos, e foram provocados por um líquido inflamável e por dois engenhos artesanais arremessados contra as instalações académicas.
Suspeito vai falar
Entretanto, o advogado de "Marley" garantiu que o detido "não matou ninguém e nem sequer participou em qualquer rixa nessa noite", pois estava "a cerca de três ou quatro metros do local dos incidentes". "O Marley não tem nada a ver com esse homicídio", sublinhou.
Ao JN, António Falé de Carvalho defendeu, ainda, que o suspeito "não estava em fuga, mas em casa dos pais da namorada" e será esta versão que o brasileiro, de 27 anos, apresentará, hoje, no Tribunal de Famalicão, onde decorrerá o interrogatório. "O meu constituinte vai prestar declarações aos magistrados, pois o "Marley" está completamente inocente", disse.