Filomena Silva, a tia da grávida desaparecida da Murtosa há mais de um ano e meio, ainda tem esperança que o corpo de Mónica seja recuperado.
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Em declarações ao JN, à porta do Palácio da Justiça de Aveiro, Filomena Silva afirmou que "a Mónica é nossa, é da família, é dos filhos, não é deles, de quem a assassinou, eles deviam dizer onde está o corpo, onde se encontram os seus restos mortais".
Para Filomena Silva, "a única coisa que não se sabe é onde está o corpo da Mónica, onde o esconderam, porque o resto já nós sabemos há muito tempo e está agora a provar-se no julgamento aqui em Aveiro, quem a assassinou e porque a assassinaram".
A tia da grávida desaparecida da Murtosa desde a noite de 3 de outubro de 2023, acredita que mesmo perante o mutismo atual, "o corpo da Mónica ainda será descoberto, é só uma questão de tempo, não dizem onde está, mas acabaremos por descobrir".
"Queremos a pena máxima"
Filomena Silva, que se destacou desde o início deste caso mediático, arregimentando inúmeros cidadãos anónimos para ajudarem a procurar a sua sobrinha, Mónica Silva, pede a pena máxima, de 25 anos de prisão, para Fernando Valente, que está acusado de homicídio. "Esperamos que a justiça tenha mão pesada com este assassino, porque ele a nós nunca nos enganou, nós sabíamos desde o início que era ele o responsável pelo desaparecimento e pelo assassínio da minha sobrinha".
Filomena Silva diz que "o julgamento está a evidenciar que há provas, aliás, há mais do que provas, que foi ele o assassino, só falta saber quem o ajudou, porque na noite dos crimes estavam todos juntos, o arguido e os pais dele, que não foram acusados".
"Espero que a justiça que lhe dê a pena mais severa que existe em Portugal, sabemos que no nosso país não há prisão perpétua, nem pena de morte, mas que pelo menos lhe apliquem 25 anos de cadeia", disse Filomena Silva.
Os pais do arguido nunca foram constituídos arguidos, embora tenham sido alvo de buscas domiciliárias e sujeitos a escutas telefónicas. Participam no julgamento, a partir desta quinta-feira, como testemunhas de defesa do filho.