Tony Carreira lamenta falta de “humanidade” dos arguidos no julgamento pela morte da filha
O cantor Tony Carreira lamentou que os quatro arguidos, três dos quais estão a ser julgados por homicídio por negligência, na sequência do acidente de viação que vitimou a filha, não tenham manifestado o “mínimo de humanidade”.
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As declarações foram prestadas aos jornalistas, na manhã desta quarta-feira, pelo facto de os suspeitos não terem assumido os seus “erros”. À saída da sessão de julgamento da manhã, que decorreu no Tribunal Judicial de Santarém, Tony Carreira disse que, apesar das consequências do acidente fatal para a filha, a família tinha a expectativa de que os arguidos Paulo Neves, Ivo Lucas, Cristina Branco e Tiago Pacheco (este acusado apenas do crime de condução perigosa) assumissem o que aconteceu no dia 5 de dezembro de 2020.
“De uma forma global, optaram pela tática dos advogados, que é a amnésia”, acusou o pai de Sara Carreira, dando como exemplo o facto de terem declarado que estava a chover e havia nevoeiro, quando os militares da GNR desmentiram essas versões. “Por que é que o teste de álcool foi feito cinco [quatro] horas depois do acidente?”, questionou ainda o cantor, em alusão a Paulo Neves, que acusou uma taxa de alcoolemia de 1,18.
Tony Carreira afirmou que não há nada que possa fazer para que a filha Sara volte e recordou que, tal como disse noutras sessões aos jornalistas, não tem como intuito “vingar” ninguém. “Nada vai mudar as saudades que eu tenho da minha filha, nada vai mudar a tragédia”, observou. “O que espero é que, no fim disto tudo, cada um siga a sua vida e tenha uma vida normal”, declarou.