O cantor Tony Carreira atribuiu a responsabilidade do acidente que vitimou a filha Sara Carreira, a 5 de dezembro de 2020, ao condutor que circulava embriagado a 28 quilómetros por hora, na A1, na zona de Santarém.
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"Quem ia bêbedo é o maior culpado deste filme todo", disse Tony Carreia aos jornalistas, à saída do Tribunal de Santarém, após os quatro arguidos terem sido condenados a penas suspensas, sentença de que não vai recorrer.
A este propósito, o pai da vítima mortal afirmou não ter estado atento às penas atribuídas a Paulo Neves, Cristina Branco e Ivo Lucas, condenados por homicídio por negligência, e Tiago Pacheco, condenado por condução perigosa. E reforçou que não procurava justiça, mas sim saber a verdade sobre o que se passou no dia do acidente.
"Todos aqui seguiram uma tática de advogado, que foi a carta da amnésia. Ninguém se lembra de nada", criticou Tony Carreira. "Mas toda a gente se lembra daquilo que dá jeito."
Como exemplos, o cantor recordou que houve testemunhas que alegaram que havia nevoeiro, quando não havia, e que não havia visibilidade, quando ficou provado que havia a uma distância de 400 metros.
"Não custava nada a estes arguidos simplesmente dizerem a verdade, que era isso que eu procurava", sublinhou o pai de Sara Carreira. "Ninguém vai preso e está tudo certo. Não era nada disso que pretendia. Deus lhes dê muita sorte e os abençoe."
"Hoje, vou virar esta página. Aconteça o que acontecer, daqui para a frente, não volto cá mais", assegurou. "Quem quiser mudar isto, mude. Não foi nada disso que me moveu."