Um trabalhador de uma empresa de colocação de outdoors publicitários em Mirandela foi, esta segunda-feira à tarde, constituído arguido, por ser suspeito de um crime de incêndio florestal, ao que tudo indica de forma negligente, numa zona de mato perto da localidade de Vale Pereiro, no concelho de Mirandela.
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O homem, constituído arguido por uma equipa do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR de Mirandela, encontrava-se a realizar trabalhos numa estrutura de elevada dimensão junto à A4, quando deflagrou um incêndio, confirmou ao JN o major Hernâni Martins, responsável pelo Comando Territorial de Bragança da GNR. Tudo aponta para que a ignição tenha sido provocada por fagulhas libertadas pela máquina rebarbadora utilizada nos trabalhos de colocação do outdoor.
O caso aconteceu ao início da tarde desta segunda-feira. Os bombeiros de Mirandela foram acionados para um incêndio rural, pelas 14.15 horas, confirmou o comandante da corporação, Luís Soares. Quando os operacionais chegaram ao local, as chamas estavam a ser combatidas pelos trabalhadores da empresa, tendo o incêndio sido rapidamente extinto com a intervenção dos bombeiros. Segundo o responsável, "houve a necessidade de retirar um dos trabalhadores para o hospital de Mirandela, por exaustão no combate às chamas, apenas por precaução”.
No local, estiveram cinco operacionais dos bombeiros de Mirandela, com o apoio de uma viatura e um meio aéreo, bem como a equipa do SEPNA da GNR de Mirandela.
Além do trabalhador constituído arguido, outros dois funcionários da mesma empresa foram identificados como testemunhas e o caso foi entregue ao Ministério Público, que agora vai proceder ao respetivo inquérito.