Detida perto de Beja com 80 doses de cocaína e canábis, uma mulher de 38 anos, assumiu perante o juiz toda a responsabilidade pelo tráfico e ficou em prisão preventiva. Mas, agastada por o companheiro, de 52 anos, ter ido morar com a mãe em Palmela, mudou o seu depoimento, o que acabou por levar o homem à prisão.
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O Tribunal de Beja condenou o arguido a seis anos de prisão e a mulher a uma pena, suspensa, de dois anos e meio, suspensa. A arguida saiu assim do Estabelecimento Prisional de Odemira, onde estava presa preventivamente.
Segundo o acórdão, de 4 de julho, a mulher, residente em Salvada, Beja, assumiu que se deslocava “para comprar o produto e o entregava aos consumidores por imposição do companheiro, por dele ter receio, contra quem apresentou queixa por violência doméstica”.
Já o arguido “confirmou” que combinava as aquisições de estupefacientes e dava instruções à arguida onde devia ir buscar a droga, mas “negou que a tivesse obrigado a tal”.
No acórdão, o tribunal invocou o “vasto passado criminal do arguido, inclusive por crimes de idêntica natureza”. “Tendo cumprido uma pena de seis anos de prisão por tráfico e após estar em liberdade condicional, voltou à atividade do tráfico”, resumiu o juiz-presidente.
O arguido foi posto em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, onde aguarda o trânsito em julgado do acórdão.