Medida de coação foi decretada nesta sexta-feira. Homens apanhados a carregar 38 quilos de heroína no aeroporto do Porto também foram para a cadeia.
Corpo do artigo
O traficante que dominava o porto de Leixões e importava centenas de quilos de cocaína do Brasil para abastecer os principais bairros do Porto vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva. Fábio Teixeira tinha sido detido, na quarta-feira, pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto, que o caracterizava como “um dos mais influentes narcotraficantes” da cidade portuense. Também os dois homens detidos no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, igualmente no Porto, a carregar 38 quilos de droga para a mala do carro foram postos em prisão preventiva.
As medidas de coação foram conhecidas nesta sexta-feira, no final do primeiro interrogatório judicial a que os três traficantes foram sujeitos. Fábio Teixeira foi ouvido no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, enquanto o luso-guineense e o marroquino com nacionalidade espanhola detidos no aeroporto estiveram perante o juiz no Tribunal de Matosinhos.
Tal como o JN avançou, a PJ deteve Fábio Teixeira quando este caminhava numa rua de Vila Nova de Gaia, dias depois de ter regressado a Portugal de uma fuga para o Brasil. Aos 38 anos, Fábio Teixeira era visto pelas autoridades como um dos mais importantes traficantes da Invicta, com capacidade para abastecer grupos de média dimensão que inundam de cocaína bairros como a Pasteleira Nova, Pinheiro Torres ou Cerco do Porto.
“Nos últimos anos, foi-se destacando por se ter associado a organizações criminosas internacionais e por liderar um grupo relacionado com a importação de grandes quantidades de droga, em especial cocaína, proveniente dos países sul americanos”, descreu a PJ em comunicado.
Investigação continua
Já no que toca aos dois homens detidos no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a PJ ainda tenta perceber qual era o seu papel na importação de cocaína para a Europa. Para já sabe-se, apenas, que ambos viviam em Espanha e que o luso-guineense encomendou, no Brasil, material de construção civil para esconder 38 quilos de cocaína.
A droga vinha dissimulada em sacos de um material químico usado nas obras, mas foi descoberta pela Autoridade Tributária e Aduaneira que, logo, alertou a PJ. Os inspetores mantiveram os suspeitos sob vigilância e detiveram-nos quando estes se deslocaram ao Porto e recolheram a encomenda no aeroporto.