Traficantes de Vila do Conde e da Póvoa avisados de investigação por polícias e oficiais de justiça
O Ministério Público suspeita que polícias e oficiais de justiça informaram os membros de uma rede de tráfico de droga, que atuava em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Funchal, de que estavam a ser investigados e iriam ser alvo de buscas. O grupo foi desmantelado no final de 2022 e começou a ser julgado em Matosinhos.
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Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a "fuga de informação" fez com que alguns dos 23 arguidos combinassem "uma nova estratégia para a atividade da rede, para o estabelecimento de contactos entre si", e alterassem "os locais de recuo do estupefaciente" para moradas até então desconhecidas dos investigadores da PSP. Ainda assim, diz o MP, os suspeitos acordaram em manter em suas casas as "elevadas quantias monetárias". Este dinheiro seria produto da venda de heroína, cocaína e haxixe, mas aqueles, que estavam sob escuta, terão combinado que, em caso de necessidade, justificariam a posse do mesmo com o recebimento de heranças ou com poupanças.