Cerca de 20 armas e centenas de munições foram apreendidas pela Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária, na sequência de uma operação na zona de Lisboa e Alentejo, que levou à detenção de 11 indivíduos. Cada arma chegava a ser vendida por mil euros.
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Ao início da noite desta terça-feira, a Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária (UNCT) ainda estava a contabilizar todo o material apreendido, onde constavam inúmeras pistolas, revólveres e caçadeiras, incluindo semiautomáticas e centenas de munições de vários calibres.
Muitas das munições estavam ainda acondicionadas em cunhetes, a forma como normalmente são armazenadas em armeiros, antes de serem vendidas no mercado legal.
As buscas ocorreram em Loures, S. João do Tojal, Queluz e chegaram mesmo a Estremoz, no Alentejo, e as armas e munições estavam guardadas, na sua maioria, num prédio de habitação. O grupo traficante era constituído por um núcleo duro, em que vários dos indivíduos estavam associados por ligações familiares e vários deles estavam já referenciados por ligações ao tráfico de armas e a outros crimes, como homicídio. Um dos detidos já tinha cumprido pena por homicídio.
Buscas ocorreram em Loures, S. João do Tojal, Queluz e Estremoz
Numa investigação que durou cerca de um ano, a PJ deteve não apenas os traficantes, mas também intermediários e compradores, que foram detidos na posse das armas já compradas. Cada arma chegava a ser vendida por mil euros, dependendo do seu estado e características, e a UNCT está a investigar a possibilidade de a rede ter ligações a Espanha.
Entre as armas de mão apreendidas, algumas são de calibre .45, um calibre muito raro no nosso país e caracterizado por ser dos mais poderosos entre as pistolas. Há também pistolas de calibre 9mm, assim como revólveres .32.