Três ex-autarcas da Junta de Freguesia de Lordosa, no concelho de Viseu, vão responder em tribunal pelo recebimento de quase 90 mil euros, entre 2013 e 2021, a título de ajudas de custo e de despesas de representação alegadamente indevidas.
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A acusação do Ministério Público (MP) de Viseu, proferida este mês, imputa um crime de peculato na forma continuada a Carlos Correia, que foi eleito presidente da junta de freguesia nas eleições autárquicas de 2009, 2013 e 2017 (mas assumiu o cargo em novembro de 2006, em substituição do então falecido presidente, José Carvalho), a António Carvalho, secretário nos três mandatos, e José Almeida, tesoureiro no mesmo período.
Como a Freguesia de Lordosa tinha menos de cinco mil eleitores, os eleitos nos cargos executivos exerciam funções em regime de não permanência, sem direito a despesas de representação, mas com direito a ajudas de custo e subsídio de transporte, se reunidos os requisitos legais.