O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afastou definitivamente da GNR dois guardas-principais e um cabo depois de os três terem sido condenados, em processos diferentes, pela prática de vários crimes. Os despachos foram publicados, esta quarta-feira, em Diário da República.
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De acordo com informações recolhidas pelo JN, o cabo Isidro Burlamaqui da Silva, que pertencia ao Comando Territorial de Lisboa, foi condenado pelos crimes de peculato e falsificação de documento. Já o guarda-principal Ivo Cardoso Mendes, também do Comando de Lisboa, foi condenado por um crime de tráfico de estupefacientes, praticado entre 2016 e 2017. Quanto à condenação do guarda-principal Luís Marques Ramos, do Comando Territorial de Viseu, esta decorreu por crimes contra a liberdade e a autodeterminação sexual.
A pena disciplinar de "separação de serviço", aplicada aos três elementos, prevê a extinção do vínculo funcional à corporação e a perda da qualidade de militar, ficando interdito o uso de uniforme, distintivos e insígnias militares, "sem prejuízo do direito à pensão de reforma".
Em 2022, um militar da GNR foi demitido e sete elementos da PSP foram suspensos de serviço, num total de 14 penas aplicadas aos polícias pelo ministro da Administração Interna, segundo dados da Inspeção-Geral da Administração Interna divulgados a 18 de outubro.