Presos tinham problemas de saúde diagnosticados. Dois deles foram encontrados inanimados aquando da abertura das celas. O terceiro ainda pediu ajuda aos companheiros.
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Três reclusos morreram, nesta quarta-feira, na cela. Dois deles estavam presos no Estabelecimento Prisional de Lisboa e o terceiro na cadeia de Alcoentre. Com idades a rondar os 40 anos, os reclusos terão falecido devido a doença, mas só a autópsia irá confirmar as causas da morte.
O primeiro caso foi sinalizado na cadeia de Lisboa, pelas 7 horas, quando um recluso se sentiu mal e pediu ajuda aos companheiros de cela. Estes rapidamente reclamaram por auxílio, levando os serviços de saúde da prisão à cela para prestar os primeiros socorros. Pouco depois, chegou a equipa do INEM que, contudo, não conseguiu reverter a situação e declarou o óbito. Este recluso sofria de problemas cardíacos há muito diagnosticados.
Médico e enfermeiro do INEM ainda estavam no interior do Estabelecimento Prisional de Lisboa quando, às 8 horas, os guardas prisionais procederam à abertura de todas as celas e encontraram um recluso inanimado, deitado na cama da cela individual. Também neste caso, o preso tinha vários problemas de saúde, não reagiu à intervenção dos elementos do INEM e foi declarado morto no local.
O mesmo aconteceu na cadeia de Alcoentre, onde os guardas prisionais encontraram, às 8 horas, um preso deitado na cama da cela que ocupava sozinho. Primeiro, ainda tentaram acordá-lo e, em seguida, reanimá-lo. Esforços que não tiveram qualquer efeito num preso que enfrentava, tal como os outros dois, problemas de saúde.
Fonte da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais refere que tudo aponta para que as mortes dos reclusos tenham acontecido na sequência de doenças antigas e diagnosticadas. Mesmo assim, salienta que os cadáveres serão autopsiados para confirmar as causas da morte e que foram chamadas as autoridades judiciais.
No ano passado, morreram 75 reclusos nas cadeias portuguesas. 54 devido a doença e os restantes por cometerem suicídio.