Três homens, suspeitos de pertencer a um grupo que presta serviços profissionais de lavagem de dinheiro, foram detidos pela Polícia Judiciária, em Lisboa. Existem indícios que a organização lidava com milhões de euros oriundos de criminalidade informática internacional.
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De acordo com informações recolhidas pelo JN, os três cidadãos de origem brasileira instalaram-se em Portugal para criar diversas empresas de fachada que iriam servir para simular negócios legítimos e dar uma aparência de legalidade às transações.
“Os três homens, com recurso a identidades falsas, criavam várias empresas fictícias e procediam à abertura de várias contas bancárias, que serviam o propósito criminal”, adianta a Unidade de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.
Os indivíduos utilizavam o serviço de “Empresa na hora” para abrir as sociedades através da Internet e foi através dessas empresas que o trio conseguiu abrir as contas bancárias, apenas destinadas a movimentar o dinheiro proveniente do crime.
A coberto de faturas ou notas de créditos fictícias, os indivíduos simulavam transações legítimas para tentar reintroduzir os lucros do crime no circuito bancário legal.
Indiciados por branqueamento de capitais, burla qualificada, falsificação de documentos e fraude fiscal, os indivíduos foram esta quarta-feira levados ao Tribunal de Lisboa, mas ao início da noite, as medidas de coação ainda não eram conhecidas.