A Unidade Nacional Contra Terrorismo da Polícia Judiciária (PJ) deteve, em Lisboa, uma cidadã luso-angolana, com 40 anos, que se dedicará, há vários anos, ao transporte e colocação no espaço europeu de crianças angolanas, usando, para isso, diversos tipos de documentos falsos. Recebia quase quatro mil euros por menor.
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A investigação, segundo refere a Judiciária, em comunicado divulgado esta quinta-feira, foi iniciada no dia 11 de março, através da comunicação ao serviço de prevenção da UNCT que, de imediato, se deslocou ao Aeroporto de Lisboa.
A mulher, suspeita de, ao longo de vários anos, ter transportado e colocado no espaço europeu dezenas de crianças angolanas, viajou para Portugal num voo proveniente de Angola e pretendia fazer entrar no Espaço Schengen um menor, de 15 anos.
O menor vinha identificado com um título único de viagem português, o qual, após a sua entrada no país, lhe possibilitaria a obtenção de documentos portugueses e, assim, circular livremente no Espaço Schengen.
Desconhece-se, para já, qual o destino e objetivo final da sua entrada e, após apuramento da verdadeira identidade do menor, este foi encaminhada para uma instituição de apoio a menores vítimas de tráfico de pessoas.
A suspeita terá recebido, por cada menor transportado, cerca de quatro mil dólares (mais de 3700 euros), suspeitando-se que tenha realizado dezenas de viagens nos últimos anos.
Ouvida em primeiro interrogatório judicial, ficou em prisão preventiva.