Universitária condenada a sete anos de cadeia por perseguir colega na internet
Usou plataformas anónimas para fazer-se passar pela vítima e enviar milhares de SMS e mails, encomendar “sex toys” ou marcar consultas. Também criou perfis falsos em sites pornográficos.
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É uma condenação nunca vista em Portugal. Durante dois anos, uma aluna do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) de Lisboa perseguiu uma colega da mesma escola e familiares desta, com contornos obsessivos e implacáveis. Usou sempre plataformas anónimas da internet para humilhar e destruir a reputação da vítima, além de propagar falsidades de teor sexual, com fotomontagens. Foi agora sentenciada com sete anos e nove meses de prisão efetiva.
O inferno teve início em março de 2019 e manteve-se até 2021. A investigação não apurou o que motivou a perseguição que começou com a criação de perfis falsos na rede social Instagram e na plataforma de encontros Tinder, onde a arguida, fazendo-se passar pela vítima, publicitou o verdadeiro email da estudante perseguida e a mensagem: “eu e o meu namorado procuramos experiências novas, contactem”.