A frota da PSP poderá imobilizar-se por falta de combustível. A não renovação do contrato de fornecimento com a Galp levou já os comandantes de várias divisões policiais do país a proibir o abastecimento das viaturas.
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Fonte da Direção Nacional da PSP explicou, ao JN, que "questões burocráticas impediram a renovação do contrato no seu término, que foi o final do ano" de 2021. Por isso, os abastecimentos de combustível foram proibidos.
Segundo a mesma fonte, há restrições para os carros patrulha, sendo privilegiada a ida a ocorrências em curso, em detrimento do patrulhamento normal.
"Entre hoje [segunda-feira] e amanhã [terça] a situação deve estar resolvida e, como as viaturas andam sempre com o depósito atestado, não deverá haver problemas", sublinhou a mesma fonte policial.
No entanto, comandantes de algumas divisões policiais foram um pouco mais longe nas recomendações e, além de proibirem os abastecimentos, aconselharam os agentes a efetuarem o mínimo possível de deslocações e a informarem quando uma viatura parar por falta de combustível.
Armando Ferreira, presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), estranha a situação e não compreende as razões para as indicações dadas. Já pediu esclarecimento à Direção Nacional da PSP e ao Ministério da Administração Interna.
Já Mário Andrade, oresidnete do Sindicato dos Profissionais de Policia, referiu, ao JN, que "a desculpa de falta de cabimentacão financeira não é justificável".
"Não existindo Orçamento de Estado para 2022, a gestão é feita em duodécimos, logo os valores serão os mesmos utilizados em 2021. E, no ano passado, não houve rotura de combustível. Os polícias não devem nem podem selecionar as ocorrências consoante os gastos de combustível".
"Com a imposição/ proibição de abastecimento de viaturas a segurança pública está em causa, e quem sofre as consequências é o cidadão que depois se revolta com os polícias pela demora nas chegadas às ocorrências", concluiu.