Albuquerque esteve anos sem número dois no Governo Regional da Madeira e extinguiu cargo após saída de delfim.
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Quando, em 2015, ganhou pela primeira vez as eleições para a presidência do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque acabou com o cargo de vice-presidente que ressuscitaria, dois anos depois, para nomear Pedro Calado, até então administrador do Grupo AFA. E deu-lhe os pelouros decisivos da Economia e Empresas, Finanças, Orçamento e Administração Pública, entre outros. Naqueles funções , que ocupou durante quatro anos, Calado assinou contratos e adjudicações a favor do universo de empresas do Grupo AFA. A investigação suspeita que o lugar de vice-presidente tenha sido criado “à medida” para Calado, que voltou para o Grupo AFA apenas dois meses antes de ganhar as eleições para a presidência da Câmara do Funchal.
É uma das linhas de investigação que visam Miguel Albuquerque e Pedro Calado, suspeitos de favorecer os negócios do Grupo AFA, cujo administrador Avelino Farinha foi detido e começa hoje a ser interrogado pelo juiz de instrução criminal Jorge Melo, que também vai ouvir Calado e o empresário Custódio Correia.