Viviam juntos há apenas três meses, em Alverca do Ribatejo, Vila Franca de Xira, quando ele a violou por duas vezes. E quando ela o pôs fora de casa passou a ser perseguida, até ao apresentar queixa na PSP. O arguido, de 44 anos, vai ser julgado no Tribunal de Loures por crimes de violação e violência doméstica.
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O casal passou a residir na casa da mulher em maio de 2022. Mas, segundo o Ministério Público (MP), ao fim de apenas um mês e meio “o arguido passou a ingerir álcool com frequência, no início semanalmente e por fim diariamente, alturas em que o seu comportamento se alterava, tornando-se agressivo”, lê-se na acusação a que o JN teve acesso. As discussões e os insultos passaram a ser o dia a dia da vítima, apelidada de “maluca” e “filha da puta”, com ameaças à mistura: “mato-te” ou “parto isto tudo”.
Em agosto, quando a mulher já dormia noutro quarto, ele foi ao seu encontro porque queria manter relações sexuais. Recusou, mas “o arguido abeirou-se dela e, apesar de esta se ter tentado escapar e se ter debatido para o impedir de as consumar, agarrou-a e, fazendo uso da sua superioridade e maior força física” violou-a. Ainda segundo o MP, a mulher conformou-se e “esperou” que o companheiro terminasse, tendo-lhe desferido uma bofetada no fim. E ele deu-lhe outra.