Arranca esta quarta-feira no Tribunal Judicial de Guimarães o julgamento de Pedro Marques, de 34 anos, acusado de 15 crimes, sete de violação, dois de coação sexual, um deles agravado, um de ofensa à integridade física, quatro de roubo e um de coação.
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Os factos reportam a um período entre o final do ano de 2022 e o verão de 2023. O arguido está em prisão preventiva desde 28 de agosto do ano passado.
As violações sucessivas, no centro de Guimarães, espalharam o medo entre as mulheres da cidade. As vítimas foram maioritariamente jovens adultas e adolescentes, mas também foi atacada uma mulher de 68 anos. Os episódios aconteceram na zona do centro da cidade e na ecovia. Pedro Marques, que já tinha cadastro como agressor sexual, foi detido pela PJ de Braga, a 28 de agosto de 2024, fora de flagrante delito, por ser suspeito desta série de crimes, entre o final de 2022 e o verão de 2023.
Uma das 15 acusações pelas quais Pedro Marques vai agora ser julgado reporta a factos sucedidos em novembro de 2022, ao final da tarde, próximo do Pavilhão Multiusos. Segundo o MP apurou, Pedro Marques intercetou a vítima, uma menor de 12 anos, manietou-a, impediu-a de gritar e procurou arrastá-la para uma zona de mato. Forçou-a a contactos abusivos, ao mesmo tempo que proferia frases como: “Vais ser minha,vou levar-te comigo!”. Para o MP, “o arguido, cedendo aos seus impulsos libidinosos e satisfazendo desejos lascivos, teve o propósito conseguido de, através do uso da força física, compelir a menor [...] atentando contra a sua liberdade sexual e comprometendo o livre e regular desenvolvimento da sua personalidade”.
O MP tinha separado dois processos cujo inquérito estava mais atrasado para não deixar terminar o prazo de prisão preventiva. Amanhã, todavia, arranca o julgamento já com acusação deduzida também relativamente a estes dois casos.
Condenado aos 20 anos
Pedro Marques já tinha sido condenado a uma pena efetiva de três anos e meio por violação, aos 20 anos.
Julgamento à porta fechada
O Tribunal determinou que, para proteção da identidade das vítimas e dados os crimes, o julgamento se realize à porta fechada.