Vítor Catão, um dos 12 arguidos da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes registados numa assembleia geral extraordinária do F. C. Porto, prestou esta quarta-feira "um ou outro esclarecimento" quando foi confrontado com as novas provas recolhidas pela investigação.
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"Esta era uma diligência expectável. Houve um primeiro interrogatório. A investigação continuou. Obviamente que os arguidos têm de ser confrontados se existir nova prova, o que não significa que existam novos factos. Foi uma diligência simples, normal e expectável. [Vítor Catão] acabou por prestar um ou outro esclarecimento", afirmou a sua advogada Susana Mourão, à saída do DIAP.
Quando foi ouvido pela primeira vez depois de ter sido detido, o conhecido adepto do F. C. Porto, que está atualmente em prisão domiciliária, inicialmente manifestou vontade em prestar depoimento, mas depois recuou e optou por permanecer em silêncio.
Tal como o JN noticiou no sábado, com a inquirição de mais testemunhas, mas também com as perícias feitas aos telemóveis dos suspeitos, a PSP obteve novas linhas de investigação que indiciam ter havido mais atos de violência e de coação, antes e também depois da assembleia geral extraordinária do F. C. Porto.
A investigação da Operação Pretoriano está na reta final e a acusação deverá ser deduzida até 6 de agosto. Mas antes o Ministério Público quer confrontar todos os arguidos com as novas provas. Na terça-feira foi ouvido Carlos Nunes, conhecido como "Jamaica", e esta quarta-feira foi a vez de Vítor Catão. Segundo apurou o JN, os interrogatórios deverão estender-se, pelo menos, até ao dia 30 de julho e Fernando Madureira, o único arguido que está em prisão preventiva, deverá ser o último a ser interrogado. Será ouvido na cadeia anexa à Polícia Judiciária.