
"Toni da Penha" suspeito de matar "Conde" por causa de um assalto
Miguel Pereira/Global Imagens
O homicídio de Fernando Ferreira, empresário de 63 anos conhecido como "Conde", terá ocorrido devido a um roubo cuja investigação foi arquivada há um mês.
António Silva ("Toni do Penha") viu a casa ser assaltada um mês antes do homicídio e ficou sem 135 mil euros que tinha num cofre. A investigação acredita que "Toni" suspeitava de "Conde" e, quando marcou um encontro para o questionar sobre o dinheiro, matou-o.
O furto na residência, ocorrido em meados de dezembro de 2019, um mês antes do homicídio, foi investigado pela GNR das Taipas após queixa de "Toni". Na participação, o queixoso explicou que saiu de casa às 21 horas para jantar fora e, quando regressou, pela meia-noite, tinha as portas de casa e do cofre arrombadas.
sem suspeitos
A GNR ouviu testemunhas e fez fotografias do local do crime, mas não foram recolhidas as impressões digitais do cofre. Como tal, a queixa foi arquivada no início de junho deste ano por se desconhecer a identidade dos ladrões, tendo-se concluído apenas que arrombaram o cofre com um berbequim.
"Toni do Penha" sempre desconfiou que "Conde" fora o autor do roubo, em conluio com a empregada de limpeza da casa. Na base da desconfiança está o facto de "Conde" ter estado em casa de Toni a fazer trabalhos de eletricidade pouco tempo antes do roubo. No entanto, nada ficou provado.
Segurança recusou
A investigação ao homicídio aponta ainda para que "Toni" tenha contactado um segurança para "apertar" o empresário e obrigá-lo a dizer onde estava o dinheiro. Só que o segurança também era amigo de "Conde" e recusou-se a fazer o serviço. Foi aí, concluíram as autoridades, que "Toni do Penha" recorreu a Hermano Salgado, o outro suspeito de ter participado no homicídio. "Toni" está em prisão preventiva e Hermano ficou sujeito a apresentações diárias na GNR das Taipas
O Ministério Público e o juiz de instrução criminal, Pedro Miguel Vieira, não tiveram dúvidas da solidez das provas que existem contra "Toni do Penha", nomeadamente as escutas telefónicas e a localização do telemóvel. Já quanto a Hermano Salgado, há dúvidas sobre o local onde se encontrava o arguido à hora dos factos, pelo que a investigação estará a ser aprofundada.
