Hugo Gil pediu, esta terça-feira, desculpas em tribunal e nas redes sociais a Bernardino Barros, comentador do Porto Canal, pelo que este desistiu do processo-crime que lhe tinha movido por difamação. Além das desculpas públicas, o "blogger" benfiquista terá de pagar as custas do processo e fazer uma doação para caridade.
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Hugo Gil reconheceu no Juízo Local Criminal do Porto que, a 21 de março de 2017, publicou "em diversas redes sociais comentários relativos ao senhor Bernardino Barros, chamando-lhe, nomeadamente, 'palerma', 'mentiroso' e 'aldrabão' ".
Esta manhã, após conhecer pessoalmente, em audiência de julgamento, o comentador do Porto Canal, o blogger e autor da página "Hugo Gil e Benfica" retratou-se. "Nunca foi minha intenção, ou objetivo, ofender ou denegrir a sua imagem, razão pela qual lhe expressei o meu sincero pedido de desculpas pelos danos que as minhas declarações lhe causaram", escreveu Hugo Gil, num comunicado já publicado no seu site e nas redes sociais.
Além das desculpas pessoais e públicas, Hugo Gil terá de pagar as custas do processo e ainda de fazer uma doação simbólica de 250 euros a uma instituição de caridade da cidade do Porto.
No final da sessão, o advogado de Bernardino Barros, Nuno Cerejeira Namora, lembrou que "as afirmações em si foram graves e mais grave ainda a sua ampla divulgação pelas redes sociais". Portanto, "causou mossa" a Bernardino Barros e, como "quem não se sente não é filho de boa gente", "obviamente demandou-o judicialmente pelo crime de difamação".
"Hoje, em julgamento, o senhor Hugo Gil retratou-se. Reconheceu a paternidade desses insultos, deu explicações e pediu publicamente desculpas ao senhor Bernardino Barros. Face ao pedido de desculpas que nos pareceu sincero, o senhor Bernardino Barros aceitou as desculpas, cumprimentou-o e enterrou-se este incidente tentando assim pacificar as relações entre os dois e também de alguma maneira no mundo do futebol", afirmou Nuno Cerejeira Namora.
Toupeira consultou processo-crime
O processo movido por Bernardino Barros a Hugo Gil foi, segundo a acusação do caso "E-toupeira", um dos inquéritos "espiados" por José Augusto Silva. De acordo com o Ministério Público, a "toupeira" judicial terá agido a pedido do ex-dirigente encarnado Paulo Gonçalves, que, por sua vez, terá recebido um pedido de auxílio por parte de Hugo Gil.
O inquérito tinha sido desencadeado por uma queixa entrada a 28 de julho de 2017 por Bernardino Barros contra Hugo Emanuel Marques Gil, autor, entre outras, da página do Facebook "Hugo Gil e Benfica" por comentários produzidos nas redes sociais.