Quatro pessoas que se envolveram com duas raparigas menores que disponibilizaram atos de natureza sexual em troca de dinheiro foram condenadas pelo Tribunal da Feira a penas suspensas de prisão entre os 10 e os 24 meses.
O tribunal deu como parcialmente provados os factos constantes da acusação, condenando um comerciante de Oliveira de Azeméis a 14 meses de prisão e um reformado de Arouca a 20 meses, ambos pelos crimes de recurso à prostituição infantil.
Já um casal, natural de Viseu, foi condenado pelo crime de aliciamento de menores para fins sexuais e ele, ainda, pelo crime de pornografia de menores.
A mulher foi condenada a 10 meses e o homem a 24 meses, mais o pagamento de mil euros de indemnização a uma das menores.
Todos os arguidos foram, ainda, condenados a penas assessorias de proibição de profissão ou custódia que envolva menores e vão ter que frequentar um curso de reabilitação de agressores sexuais.
De acordo com a acusação do Ministério Público, as práticas de natureza sexual ocorreram em 2016, com duas raparigas de 14 e 15 anos.
Uma das menores conheceu o comerciante de Oliveira de Azeméis em 2016, quando se dirigiu à sua loja e lhe pediu dinheiro.
Este terá respondido que a ajudava se ela lhe arranjasse uma rapariga e entregou-lhe uma quantia monetária desconhecida.
Refere, a acusação, que voltou dias depois, na companhia de outra amiga, também menor e voltou a pedir dinheiro. O comerciante, que questionou a idade das mesmas, apalpou os seios das jovens e colocou uma nota de cinco euros sobre o soutien de uma delas.
Numa outra situação, uma das menores é contactada por outro arguido, residente em Arouca, que lhe propõe através da rede social "Facebook" a concretização de sexo oral em troca de dinheiro.
Ainda no mesmo ano, uma das raparigas contactou um casal através do Facebook, mostrando-se disponível para ter relações a três.