Cristiano Ronaldo aceitou esta sexta-feira uma pena suspensa de dois anos relativos aos crimes fiscais entre 2011 e 2014 e, por isso, terá de pagar 18,8 milhões de euros ao Fisco espanhol.
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A decisão foi acordada pelas autoridades fiscais espanholas e a defesa do jogador português, segundo avança o jornal "El Mundo".
Cristiano Ronaldo terá reconhecido quatro crimes fiscais entre 2011 e 2014, uma pena de dois anos de prisão (seis meses por cada um dos delitos) que não implica cumprimento, mas sim o pagamento de 18,8 milhões de euros.
A quantia diz respeito aos 5,7 milhões de euros em impostos que não foram pagos pelo jogador, mais multas e juros de penalização. O valor total que Ronaldo não teria pago terá sido de 14,7 milhões de euros, mas o jogador conseguiu uma redução.
No entanto, para a decisão seguir, falta ainda a assinatura do próximo diretor da Agência Tributária espanhola, nome que ainda não foi revelado pelo recém-empossado governo de Pedro Sánchez.
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Cristiano Ronaldo é acusado de ter, de forma "consciente", criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.
Quando foi ouvido a 31 de julho do ano passado no tribunal de Pozuelo de Alarcón, Ronaldo afirmou que "nunca" ocultou rendimentos nem teve "intenção de fugir aos impostos".
O português sublinhou que o fisco conhece todos os seus rendimentos porque nunca escondeu "nada, nem intenção de fugir aos impostos".