
GNR
Detido é suspeito de ter realizado mais de 20 furtos para vender bicicletas e televisões pela Internet. Regressou à cadeia, onde tinha cumprido uma pena de oito anos pelo mesmo tipo de crime
Um homem, de 33 anos, foi apanhado por um militar da GNR de folga a furtar a garagem do prédio onde morava, em Penafiel. As diligências que se seguiram permitiram descobrir que o indivíduo realizou mais de 20 furtos semelhantes e vendeu bicicletas, rebarbadoras e televisões, através de plataformas virtuais para toda a região Norte. Muito desse material foi, agora, devolvido pelos compradores e outro foi encontrado na casa de um ladrão, que abandonou a cadeia em abril do ano passado, no âmbito da libertação extraordinária de reclusos em período de pandemia, depois de cumprir parte de uma pena de oito anos por crimes iguais.
Quando saiu da prisão, o cadastrado ainda arranjou trabalho, mas foi despedido há alguns meses e, desde essa altura, terá regressado à atividade criminosa que já lhe tinha valido a pena pesada. No passado, o indivíduo chegou a entrar em habitações, durante a madrugada e com os proprietários na cama, para furtar tudo o que podia.
Os últimos meses de liberdade deste homem coincidiram, assim, com um aumento de furtos em interiores de casas e garagens de prédios no Vale do Sousa e foi junto a um destes prédios, situado na cidade de Penafiel, que ele foi visto na noite da última quinta-feira, por um militar do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR. Reconhecendo o larápio, o guarda, que estava de folga, decidiu seguir os seus movimentos e, instantes depois, viu-o a arrombar a porta da garagem do prédio onde mora e a tentar furtar uma bicicleta que estava no interior. Deteve-o de imediato.
Compradores devolveram material furtado
A investigação que se seguiu permitiu ao NIC encontrar várias bicicletas, televisões, rebarbadoras e outro material furtado na residência do detido. Permitiu, igualmente, perceber que o mesmo tipo de material, angariado em mais de 20 assaltos, já tinha sido vendido pelo assaltante através de plataformas como o OLX, Custo Justo e Facebook. Muitos dos compradores contactados pelos guardas, residentes um pouco por todo o Norte do país, devolveram as peças e manifestaram intenção de apresentar queixa.
Após a detenção, o ladrão foi levado a tribunal para ser interrogado pelo juiz e, no final, foi reencaminhado para a cadeia.
