
Azeredo Lopes
Reinaldo Rodrigues/Global Imagen
Foi dois meses antes da encenação da recuperação do armamento furtado em Tancos que o ex-ministro da Defesa soube da investigação secreta e ilegal da Polícia Judiciária Militar (PJM).
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Foi informado que esta polícia até estava a negociar a entrega do material com um dos suspeitos do assalto. Esta é a convicção do Ministério Público (MP), que acusou Azeredo Lopes de abuso de poder, denegação de justiça e prevaricação e exige que seja proibido de voltar a integrar o Governo.
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Além do ex-governante, estão acusados outros 22 arguidos. Entre eles, Luís Vieira, ex-diretor da PJM, tido como o homem na origem do esquema destinado a recuperar, a todo o custo (o encobrimento dos autores do assalto), o material roubado para que a PJM não fosse ultrapassada pela PJ civil.
De acordo com a acusação, foi Luís Vieira quem, a 4 de agosto de 2017 - ou seja, mais de dois meses antes da recuperação do material -, informou pessoalmente Azeredo Lopes. Vieira estaria furioso por a investigação ter sido confiada, pelas mais altas instâncias do MP, à PJ civil. Daí ter fomentado uma investigação paralela e clandestina.
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