A diretora do SEF foi demitida esta quarta-feira, após uma audiência com a ministra da Administração Interna, embora não sejam conhecidas as razões concretas que conduziram à demissão. A demissão parece, no entanto, estar associada às alterações à Lei de Emigração, a que o SEF era contrário.
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A diretora do SEF, Luísa Maia Gonçalves, tinha tomado posse há apenas ano e meio, a 14 de janeiro do ano passado, na sequência de uma situação de conflito entre o anterior detentor do cargo, António Carlos de Bessa Pereira, que na altura tinha pedido a exoneração.
A demissão ocorreu entre as 17.30 horas e as 18 horas, na altura em que a diretora do SEF fora ao Ministério para despachar com a ministra. E terá sido durante a audiência que Constança Urbano de Sousa demitiu Luísa Maia Gonçalves.
Terça-feira, ao início da noite, cerca das 19 horas, a ministra recebera pessoalmente a diva da pop Madonna, numa reunião privada associada ao processo de autorização de residência no nosso país. O processo terá saído fora do controlo do SEF, mas não terá criado conflito algum, entre Constança Urbano de Sousa e Luísa Maia Gonçalves, uma vez que a diretora do SEF admitiu a interferência da ministra tendo em conta a figura de Madonna.
Mas o ambiente já não era o melhor entre ambas, tendo em conta os sucessivos problemas que atingiam o SEF face às alterações à Lei de Emigração, "chumbadas" pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O SEF entendia que as mudanças iriam trazer a Portugal uma catadupa de pedidos de visto, como veio, aliás, a verificar-se, com quatro mil pedidos logo na primeira semana.