
Local das mortes já não tem muro e destroços foram enviados para estaleiro
Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens
O Tribunal da Relação de Guimarães ordenou a repetição do julgamento de quatro alunos da Universidade do Minho absolvidos, no ano passado, pelo Tribunal de Braga, de homicídio por negligência, por, em 2014, numa praxe, terem causado a morte - por esmagamento - de três colegas, com a queda de um muro onde se situavam caixas de correio de um prédio próximo da instituição. A repetição visa a realização de uma perícia que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) diz agora ser "impossível". Está instalado um imbróglio.
Os juízes desembargadores argumentaram que deveria ser efetuada uma peritagem à estrutura que ruiu e deu indicações quanto às questões de facto a averiguar. A decisão foi o resultado de um recurso do Ministério Público. O procurador argumentava que o tribunal de primeira instância não levou até ao fim a investigação às causas da queda do muro. E disse que deviam ser apuradas as fissuras da estrutura antes do desastre, que escorrências de água existiam, qual o grau de inclinação que apresentava e qual a pressão nele exercida pelo terreno vizinho, onde se encontrava encostada.
