As buscas da Polícia Judiciária na TAP foram efetuadas no âmbito de uma investigação por suspeitas de administração danosa, participação económica em negócio, tráfico de influência, burla qualificada, corrupção e branqueamento.
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Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República confirmou as buscas na TAP e na Parpública, "diligências determinadas no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal" e sublinhou não haver arguidos constituídos.
Segundo a PGR, "os factos em investigação estão relacionados com o negócio de aquisição da empresa de manutenção e engenharia VEM".
Em causa estará a compra da empresa, sedeada no Brasil, um negócio que terá ficado por cerca de 500 milhões de euros.
Recorde-se que em 2014, o presidente da TAP, Fernando Pinto, prestou depoimento na Polícia Judiciária sobre o negócio, e, em declarações ao jornal Público, disse que "a operação foi feita de forma correta", contando "com a participação" do Governo, mais concretamente, do antigo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que era tutelado por Mário Lino à época.
Na altura sublinhou estar de "consciência tranquila" em relação à investigação da Procuradoria-Geral da República sobre atos de gestão na empresa.
"Fui chamado como testemunha para responder a perguntas sobre o processo de aquisição da M&E Brasil [ex-Vem]. Levei documentos, pen drives", contou, garantindo que não foram colocadas questões "sobre qualquer outro assunto".
O processo está a ser investigado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, na sequência de uma denúncia anónima. A PJ já tinha efetuado buscas à TAP em junho de 2013.