João Loureiro, o ex-presidente do Boavista, nega que estivesse dentro do jato privado que a Polícia Federal do Brasil intercetou com 500 quilos de cocaína e que deveria ter descolado do Aeroporto Internacional de Salvador com destino ao aeródromo de Tires, em Cascais, Portugal, no dia 9 deste mês.
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"Esteve previsto regressar nesse voo junto com outros passageiros mas já tinha desistido de o fazer bem antes da data prevista e de o assunto ser despoletado, tendo comunicado bem antes à empresa de aviação respetiva que iria regressar a Portugal num voo comercial através de um outro país europeu", declarou João Loureiro em mensagem escrita enviada ao JN.
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Aliás, o jurista e ex-presidente do Boavista Futebol Clube escreve até que "estava nessa altura em São Paulo quando tudo isso [a apreensão da droga] aconteceu em Salvador". "E acredito que talvez o tenha sido devido ao meu pedido anterior para que houvesse uma inspeção rigorosa à carga do avião", acrescenta.
João Loureiro também afirma que foi ele quem tomou a iniciativa de falar com as autoridades: "Fui eu que fiz questão de por mote próprio falar com as autoridades daqui (como testemunha) antes de regressar a Portugal", afirma.
Espanhol já regressou do Brasil
Fonte policial que acompanha o caso garantiu, esta quinta-feira, ao JN, que João Loureiro e um cidadão espanhol de origem argelina estavam dentro do avião quando o piloto da aeronave alertou a torre de controlo do Aeroporto para uma avaria.
Na sequência daquele alerta, "mecânicos inspecionaram a aeronave e acabaram encontrando parte da droga, sendo acionada, imediatamente, a Polícia Federal", informou esta em comunicado no dia 10 de fevereiro. Com apoio de cães, os polícias detetariam outros esconderijos com cocaína no avião.
No dia seguinte, a agência Lusa, sem identificar os passageiros, deu uma notícia da operação policial brasileira onde se lia que "os três tripulantes e dois passageiros da aeronave foram levados à Superintendência da Polícia Federal em Salvador para prestar depoimento, mas a polícia brasileira não esclareceu se foram detidos ou se apresentou queixa contra eles".
Aqueles cinco indivíduos não foram detidos. Ainda segundo as informações recolhidas pelo JN, João Loureiro e o espanhol regressaram a São Paulo. Entretanto, o segundo viajou para Espanha, enquanto João Loureiro permaneceu no Brasil, por razões que não explica na mensagem escrita que enviou ao JN.