O julgamento começa esta quinta-feira no tribunal de Braga. Dois grupos de jovens envolveram-se em pancadaria, em 2017, às seis horas, numa rua do centro da cidade. Em resultado disso, um dos envolvidos ficou cego do olho direito.
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O Ministério Público (MP) acusou dois jovens, Pedro Miguel de 25 anos e João Pedro de 27, dos crimes de ofensas à integridade física simples de que foi vítima Mário Sá e de um crime de ofensas à integridade física grave alegadamente cometido sobre João Silva.
A acusação concluiu que, "no dia 1 de outubro, naquela artéria situada junto ao "Café Bugatti", por motivos não apurados, o ofendido Mário Sá desferiu um murro na cara do arguido Pedro Miguel. O mesmo fez o ofendido João Silva, que deu um murro em João Pedro.
Seguidamente, considera ainda o MP, os dois arguidos, gizaram, um plano de represália e chamaram outros cinco jovens - cuja identidade não foi apurada -, os quais desferiram socos e pontapés por todo o corpo do João Silva e do Mário Sá, só tendo parado e abandonado o local quando eles caíram no chão.
Como consequência das agressões, João Silva, sofreu opacificação da córnea do olho, ficando sem qualquer visão, apesar de ter sido operado ao olho no dia 13, com indicação de transplante da córnea, encontrando-se ainda sem alta médica, à espera de outra cirurgia.
Já Mário Sá ficou com uma cicatriz na pele do lábio inferior, à direita, com 0,5 cm de comprimento, e foi afetado nos dedos da mão esquerda.
Os arguidos são defendidos pelo advogado João Ferreira Araújo que escusou pronunciar-se.
João Silva, que é defendido pelo advogado, Licínio Ramalho, pede 39.500 euros de indemnização por danos patrimoniais, quantia que inclui as despesas que teve de efetuar e o dinheiro que perdeu por ter deixado de trabalhar durante alguns meses.