O julgamento do homem acusado de matar, por asfixia, uma prostituta por quem se apaixonou, um crime registado em março numa pensão de Guimarães, começa na quarta-feira no tribunal daquela comarca.
O arguido, um pedreiro de 36 anos, está acusado pelo Ministério Público de homicídio qualificado, crime cuja moldura penal vai dos 12 aos 25 anos de prisão.
Segundo a acusação, o arguido conheceu a vítima em inícios de 2015, numa pensão no centro de Guimarães onde se pratica prostituição.
A partir daí, "interessou-se" pela vítima, que era casada, e pouco depois iniciou um relacionamento amoroso com ela, propondo-se mesmo tirá-la da prostituição.
Na madrugada de 5 de março, num quarto daquela pensão, a mulher terá dito ao arguido que não queria mais um relacionamento amoroso "duradouro e com futuro", mas apenas uma "relação colorida".
Inconformado, o arguido apertou o pescoço à vítima e tapou-lhe a cara com uma almofada, para que a impedir de gritar.
Uma situação que durou "alguns minutos", até a mulher morrer.
Consumado o crime, o arguido foi tomar banho, deambulou algumas horas pela cidade, telefonou a duas pessoas dando conta do crime e entregou-se à PSP cerca das 10.20 horas.
O cadáver foi encontrado pelas nove horas, pela dona da pensão.
A defesa do arguido contesta a acusação de homicídio qualificado, sustentando que, se a morte resultou da atuação do arguido, se tratou de um "infausto acidente".
Alega ainda que o arguido "nutria amor" pela vítima e sempre tentou ajudá-la, fosse na saúde, fosse emocional e financeiramente, tendo mesmo tentado tirá-la da prostituição.