Ministério Público pede condenação de polícia que matou a tiro namorada de "Pirata"

Ivo Pereira / Global Imagens
O Ministério Público pediu, na tarde desta quinta-feira, no Tribunal da Feira, a condenação por homicídio por negligência para o agente suspeito de ter disparado mortalmente sobre a companheira de André "Pirata", em São João da Madeira.
Ressalvando que o agente "tomou uma má opção pensando que era a melhor" e que "não teve intenção de matar ninguém", o Ministério Público (MP) defende que este deveria saber que o disparo "não seria a melhor opção".
Sobre a justificação dada pelo agente da necessidade de proteger a vida do colega com quem estava, pelo facto de a viatura de André "Pirata" estar a andar em direção a si, o MP defende que o veículo estava em fuga e que "não oferecia perigo a ninguém". Considerando que o agente violou as normas no uso da arma de fogo, o MP pediu a condenação pelo crime de que está acusado.
O advogado dos pais da jovem morta também pediu a condenação do agente e a atribuição de uma indemnização civil. Já a advogada de defesa do agente, que pede a sua absolvição, reiterou que o carro "não estava em fuga" e que o arguido só disparou quando efetivamente a vida do seu colega de patrulha ficou em risco.
O Ministério Público quer também a condenação de André "Pirata" a pena de prisão efetiva, considerando que os dois crimes de que está acusado, um de furto e um de resistência e coação sobre funcionário, foram provados, e recordando o longo historial criminal do arguido. A advogada de defesa de "Pirata" também pediu a absolvição do crime de coação sobre funcionário, mostrando entendimento sobre possível condenação pelo de furto.
