Pastores evangélicos detidos por tráfico de pessoas ficam impedidos de sair do país
Os três pastores de uma organização religiosa que foram detidos por suspeita de auxílio à imigração ilegal e tráfico de pessoas ficaram sujeitos à interdição de saída de Portugal e apresentações semanais.
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O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve, na quinta-feira, na zona da Grande Lisboa três pastores de uma organização religiosa suspeitos de associação de auxílio à imigração ilegal e tráfico de pessoas.
Contactado pela Lusa, o SEF não precisou qual a organização religiosa, indicando apenas que são pastores de uma igreja evangélica.
Aquele serviço de segurança frisa que foram identificados nos locais das buscas cerca de três dezenas de cidadãos estrangeiros, oriundos da América do Sul, alojados nos diferentes locais de culto "em condições muito precárias".
Segundo o SEF, os cidadãos estrangeiros eram angariados pela organização religiosa no país de origem e encontravam-se na sua maioria em situação irregular em Portugal, a exercer atividade laboral subordinada sem o necessário título jurídico válido.
Além das más condições de trabalho, alojamento e salubridade em que foram detetados, os cidadãos estrangeiros, entre os quais crianças, eram sujeitos ao pagamento de quantias de dinheiro para a organização religiosa, refere também o SEF.
No total, participaram na operação 55 elementos do SEF, que vai prosseguir a investigação.
Depois de terem sido presentes a primeiro interrogatório judicial, foram aplicadas aos três suspeitos as medidas de coação de interdição de saída do país e apresentações semanais às autoridades.