Simular um acidente e coagir o outro condutor a pagar um dano que não provocou é um método de atuação que, não sendo novo, continua a ser aplicado e a fazer vítimas, tendo motivado agora um alerta, feito nas redes sociais, do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.
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O último caso conhecido aconteceu, no passado dia 4, num posto abastecedor de combustíveis no Lumiar, em Lisboa, quando um casal simulou um "toque" e exigia dinheiro para a reparação.
Testemunhas chamaram a PSP. E a vítima, um homem de 62 anos, confessou aos agentes que se encontrava de tal modo coagida pelo casal que, apesar de ter a certeza de que não havia sido interveniente em qualquer acidente, se preparava para pagar.
Este caso foi atípico. Por norma, e segundo a PSP, os suspeitos selecionam as suas vítimas no trânsito do dia-a-dia, buzinam insistentemente e tentam que estas parem para iniciar um diálogo.
Acusam o outro condutor de provocar danos nas suas viaturas (por distração ou durante a realização de manobras), exercendo pressão e tentando intimidá-lo para que lhes dê dinheiro para arranjo dos danos supostamente provocados por ele.
Os burlões, normalmente, alegam que estão com pressa e que não podem esperar pela Polícia ou pelo preenchimento de Declaração Amigável de Acidente Automóvel e as suas viaturas apresentam, realmente, danos.
Chamem a polícia
"Por vezes, para dar credibilidade à história, [os burlões] causam danos nas viaturas das vítimas", alerta a Polícia. No seu alerta, a PSP aconselha a que não se entre em acordo com alguém que pede dinheiro e, em caso de dúvida, chamar as autoridades.
Deve sempre anotar-se os dados da viatura (matrícula, marca, modelo e cor) dos suspeitos. Isto porque, em situações de burla, eles abandonam o local quando é referido que se vão alertar as autoridades.