Tribunal do Porto deu como provada acusação de tráfico. Aplicações de encontros também exibiam cardápio com grande oferta de estupefacientes.
Acusados de vender droga através de aplicações de encontros gay e de usarem cartões roubados a clientes para fazerem compras de bens e serviços, dois amantes foram ontem condenados, um a seis anos e dois meses de prisão efetiva e o mais jovem a três anos, com pena suspensa. Reverteram para o Estado os 30 mil euros apreendidos ao casal, que estava acusado de trafico de droga, burlas informáticas, acesso ilegítimo a contas bancárias e falsificação de documentos,
O tribunal S. João Novo deu ontem como provada a totalidade dos crimes. A talhada maior coube a José Maria, um prostituto de 36 anos, a trabalhar no Porto, onde residia com o jovem Ubiratan, de 23 anos, que negou sempre os crimes. Recorde-se que a Polícia Judiciária, que os deteve, encontrou 30 mil euros em notas na casa que partilhavam. José Maria, em tribunal, empurrou para o amante a parte negra da acusação, a muita droga, as balanças e registos da utilização de cartões bancários roubados a clientes. Dele só eram os 25 mil euros escondidos numa caixa.