Sequestro em Algés: "Se a polícia chegasse cinco minutos depois, morríamos todos"
Um dos moradores da casa onde a polícia abateu um alemão para salvar um refém, em Algés, contou ao JN que viveu momentos de terror. "Ele tentou entrar em todos os quartos com uma faca na mão e queria matar-nos, disso não tenho dúvida e se a polícia não chegasse tão rapidamente era o que tinha acontecido".
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O agressor, 1.90 metros e 130 quilos, habitava numa casa partilhada com outros hóspedes, cada um com um quarto. O morador, que falou ao JN não quis dar a cara, é também de nacionalidade alemã, e conta que esteve frente à frente com o agressor, que vivia ali sozinho num quarto.
"Ouvi barulhos, saí do quarto e ele olhou para mim, a dois metros, estava completamente louco e tentou perseguir-me, mas voltei para dentro do quarto, fechei a porta e empurrei com força para que não a abrisse", contou o morador, sustentando que o ferido grave, português, esfaqueado pelo agressor, foi apanhado num momento de azar. Chama-se Gonçalo e é português, conta.
"Tal como eu, o Gonçalo veio à porta do quarto, mas foi logo surpreendido pelo agressor de faca em punho", recordou aquele morador. "Se não fosse a polícia, estava morto e depois éramos nós", acrescentou.
"Ele não falava com ninguém, tentou aproximar-se de uma rapariga e foi rejeitado há umas semanas e penso que fosse esse o motivo desta loucura", conta o morador. O quarto da rapariga, que mora com o namorado, também foi alvo da fúria do agressor.
Depois da operação policial, o morador viu a vítima do esfaqueamento, Gonçalo, a ser transportada pelos bombeiros. "Fez sinal com o polegar para nós, um está tudo bem, estava consciente"