
Tony Dias/Global Imagens
Um sucateiro de Águeda voltou, esta terça-feira, ao Tribunal de Aveiro para dar seguimento ao julgamento em que é suspeito de compra e venda de metais não preciosos de proveniência ilícita.
J. R., de 56 anos, está indiciado por dois crimes de recetação, cinco de falsificação e um de furto qualificado. No banco dos réus sentam-se mais sete homens, incluindo um irmão de J.R., que terão sido recrutados pelo empresário de sucata aguedense para participar nos negócios ilícitos, fazendo recetação ou furtando metais.
Esta manhã foram ouvidas várias testemunhas que confirmaram ter vendido pequenas quantidades de metal ao empresário ou viaturas para abate. Um soldador, que vendeu uma viatura para abate a J.R., disse ter apresentado queixa na GNR após ter sido confrontado pelas Finanças com imposto a pagar pela venda de uma tonelada de limalha de latão, que não realizou, suspeitando que a sua assinatura tenha sido forjada.
Outro, metalomecânico de profissão, adiantou ter sido sondado para um "negócio em que se podia ganhar dinheiro", mas desconfiou da legalidade e não aprofundou o assunto.
De acordo com a acusação do Ministério Publico, os negócios ilícitos terão decorrido pelo menos de 2013 a 2015. Entre o material que se suspeita ter sido transacionado estão cerca de 20 toneladas de latão, avaliadas em 22 mil euros, que terão sido furtadas da empresa Grohe, em Albergaria-a-Velha.
