Três homens foram acusados pelo Ministério Público do Porto de homicídio qualificado. Em novembro de 2020, dispararam contra um homem com quem tinham combinado um negócio de droga. A vítima de 26 anos veio a falecer no hospital.
Eduardo Almeida, residente na Moita, costumava abastecer um dos arguidos com canábis que este depois vendia a consumidores. O suspeito decidiu montar um esquema para lhe roubar os estupefacientes.
Combinou com Edu a compra de oito quilos de canábis, mas disse-lhe que teria de vir até ao Porto. Para o convencer, até lhe mandou fotografias do dinheiro que tinha para pagar o produto. O fornecedor aceitou. No dia 24 de setembro de 2020, Edu deslocou-se até ao Porto. Não sabia que ia cair numa armadilha.
Emboscada no Bonfim
O suspeito tinha montado uma emboscada com dois cúmplices. Disseram à vítima para ir ter com eles à Calçada da Póvoa, uma rua pouco movimentada na zona do Bonfim. Edu vinha com mais três amigos. Ao chegar ao local, saiu do carro, foi até à traseira do veículo e retirou um saco.
Convencidos de que era a droga, os dois cúmplices surpreenderam a vítima e efetuaram vários disparos que a atingiram no abdómen e no pé. Apesar de ferido, Edu conseguiu entrar no carro e os amigos saíram rapidamente do local. Os atacantes pegaram no saco, mas aperceberam-se de que o mesmo estava vazio e fugiram.
Faleceu no hospital
Os amigos de Edu deixaram-no junto do Hospital de Santo António, onde entrou apeado. Apesar da assistência médica, o ferido de 26 anos viria a falecer no dia seguinte.
No dia 28 de março de 2022, o Ministério Público no Diap da Procuradoria da República do Porto (10.ª secção) deduziu acusação contra os três atacantes, imputando-lhes a prática, em coautoria, de um crime de homicídio qualificado; mais imputou, a um dos arguidos, um crime de tráfico de estupefacientes, a dois, o crime de detenção de arma proibida e, a um deles, o crime de condução sem habilitação legal.