Apesar do Tribunal de Contas ter indeferido à Câmara de Oliveira de Azeméis um empréstimo de 16 milhões de euros, presidente prepara-se para apresentar ao Executivo um novo empréstimo, agora de 34 milhões.
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Uma semana depois do Tribunal de Contas (TC) ter indeferido o recurso para a contracção de um empréstimo de 16 milhões de euros, a Câmara de Oliveira de Azeméis vai tentar fazer aprovar um novo pedido de empréstimo, mas agora de 34 milhões de euros. A Oposição acusa o Executivo de "desnorte".
A intenção da Câmara ao contrair um empréstimo, agora de valor consideravelmente superior, foi anunciada, ontem, pela comissão política concelhia do PS e confirmada, pelo JN, perante documento a que teve acesso.
Para os socialistas, este valor é "a prova evidente do desnorte em que a maioria PSD se encontra, fruto da gestão irresponsável que têm levado a cabo, em especial, ao longo dos últimos 10 anos". Consideram que mais um empréstimo "não é a resolução do problema da Câmara" mas "uma tentativa desesperada de resolução do problema dos fornecedores que não podem continuar a ser penalizados pela inqualificável gestão financeira do município".
Apesar das críticas, o PS mostra-se receptivo a não criar entraves à tentativa de contratação do empréstimo para, justificam, "permitir que juntas de freguesia, associações recreativas e culturais, clubes desportivos, instituições privadas de solidariedade social, fornecedores e prestadores de serviços recebam os 39,5 milhões de euros que se encontravam em dívida em finais de 2007".
Mas depois do chumbo do TC ao anterior empréstimo de 16 milhões, o PS diz duvidar que seja possível à autarquia ver aprovado o novo pedido, porque "a situação do município continua a configurar uma situação de desequilíbrio financeiro estrutural grave". "Negar isto é tão irresponsável como praticar a gestão que nos trouxe até aqui", afirmam.
No documento distribuído durante a conferência de imprensa, fazem, ainda, saber que os oliveirenses "têm que saber que (…) até 2020 iremos pagar 19 milhões de euros de juros".