Os jacintos-de-água continuam a cobrir por completo o rio Cávado, em Barcelos. O tapete verde, formado por esta espécie invasora, cobre quase na totalidade a água do rio a jusante e a montante da ponte de Santa Eugénia, impedindo a navegabilidade e que a luz passe, prejudicando toda a fauna e flora autóctone.
Corpo do artigo
As fortes chuvas sentidas nos últimos dias no Minho pioraram a situação e a Junta de Freguesia de Rio Covo Santa Eugénia pede ação mais célere. "É urgente o reforço de meios na remoção desta praga pois o que se verifica é o acentuar do problema", disse ao JN Carlos Dantas, o presidente da junta.
O rio Cávado começou a ser limpo no início de setembro, dentro dos limites do concelho de Barcelos, mas não tem conseguido travar o avanço desta planta invasora.
O Município de Barcelos contratou a empresa Cifra Exótica para proceder à limpeza do rio. O contrato - válido por um ano, num valor de 74.500 euros -prevê a contenção e limpeza de espécies de vegetação aquática exótica invasora existentes no rio Cávado (leito e margens), a realização de ações de sensibilização ambiental e passeios interpretativos de barco para dar a conhecer o trabalho desenvolvido para melhorar o estado do ecossistema ribeirinho.
As ações incidem sobre a remoção de espécies exóticas invasoras, tais como o jacinto-de-água e a pinheirinha-de-água, incluindo os recentes focos das espécies elodea-densa e da azola, além da remoção de todo o tipo de resíduos, incluindo os de grandes dimensões, como os "monstros domésticos".
Desde finais de 2019, altura em que caducou o protocolo que o Município tinha estabelecido com os Bombeiros de Barcelos e com a Associação Escola de Mergulho de Barcelos, não houve qualquer intervenção de limpeza das águas relativamente às espécies infestantes.