O despedimento de trabalhadores na fábrica da Faurecia-Sistema de escapes de Bragança é "uma enorme preocupação" para o presidente da Câmara, Hernâni Dias, que já se reuniu com os responsáveis da empresa para fazer o ponto da situação.
O autarca explicou ao JN que a direção da unidade brigantina lhe adiantou que o objetivo passa por chegar a acordos de rescisão com cerca de 70 trabalhadores do quadro, alguns com vários anos de serviço. "Explicaram que a necessidade de avançar para a rescisão de trabalhadores se deve às dificuldades em poder garantir todos os postos de trabalho no contexto de crise, que o setor automóvel atravessa a nível mundial", referiu Hernâni Dias.
A empresa indicou ainda que está a envidar esforços para "criar condições de modo a conseguir criar mais linhas de montagem na unidade e trazer mais trabalho para empresa de modo a garantir, num futuro próximo, a admissão dessas pessoas", acrescentou o autarca, sublinhando que lhe foi transmitido que a fábrica pode vir a recolocar os trabalhadores no futuro, contratando-os novamente para os projetos previstos para a unidade de Bragança, onde querem manter a fábrica em laboração. "Estamos a falar de pessoas que ficam desempregadas, o que é muito negativo. Mas nós não conseguimos controlar isso. É a política da empresa", acrescentou.
No âmbito do Norte 2020 a Faurecia-Bragança foi uma das entidades privadas que mais investimento realizou na região, cerca de 40 milhões de euros com apoios comunitários, nomeadamente para apoio à contratação.