<p>Uma antiga oficina em pedra no Bairro da Relvinha, em Coimbra, vai ser recuperada para acolher a sede da cooperativa de habitação local e naquele espaço será também erguido um centro cultural há muito ambicionado.</p>
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Segundo o vereador da Habitação da Câmara de Coimbra, Jorge Gouveia Monteiro, o projecto de arquitectura e os projectos de especialidade da primeira fase da nova sede e do centro cultural da Cooperativa Semearelvinhas estão concluídos, permitindo o lançamento do respectivo concurso.
Com a conclusão dos projectos e a cedência de quatro lotes situados no Bairro da Relvinha àquela cooperativa, será possível avançar com a primeira fase da obra.
Concebido pelo arquitecto João Mendes Ribeiro, o projecto do equipamento cultural, há muito reclamado pela cooperativa do bairro, foi impulsionado durante a iniciativa Coimbra Capital Nacional da Cultura 2003. "É um sonho de há muitos anos", disse ontem o presidente da Cooperativa, Jorge Vilas, ao realçar que o centro cultural, que será erguido em módulos, vai beneficiar também os moradores de zonas limítrofes, como o Loreto e o Bairro do Brinca, entre outras, como espaço de convívio, lazer e entretenimento. "Em termos culturais, não há nada nesta zona", sublinhou Jorge Vilas.
O projecto elaborado por João Mendes Ribeiro consiste num estudo global para o novo equipamento, com a primeira fase a incluir a recuperação do edifício em pedra da antiga oficina e prevendo ainda mais dois módulos de arquitectura moderna. Nesta primeira fase, com custos da ordem dos 180 mil euros, estão incluídos espaços destinados à sede da cooperativa e a serviços de apoio, uma sala de convívio para os moradores e uma cafetaria.
"A Universidade de Coimbra pagou o projecto de arquitectura, elaborado pelo Departamento de Arquitectura sob a coordenação de João Mendes Ribeiro. A Câmara fez os projectos de especialidade e aprovou a cedência dos lotes à cooperativa. Agora é preciso avançar com candidaturas a financiamento", sustentou.
As casas do Bairro da Relvinha, a Norte da cidade, foram erguidas em regime de auto-construção após o 25 de Abril de 1974 e substituíram as barracas degradadas ali instaladas nos anos 50 do século passado pela Câmara para realojar os moradores da Rua do Padrão, que foram distribuídos por diversos bairros para dar continuidade à Avenida Fernão de Magalhães.