Há um ano que as ruas de Rei Ramiro e de Vera Cruz, no Candal, em Gaia, esperam pela colocação da última camada de alcatrão. As duas artérias receberam obras de beneficiação no segundo semestre de 2009, mas a empreitada permanece inacabada.
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Os operários e as máquinas deixaram os arruamentos em Outubro do ano transacto. Ficou por concretizar a pavimentação definitiva devido ao mau tempo e à necessidade de deixar o terreno abater após a instalação de infra-estruturas que obrigaram à abertura de valas profundas.
No entanto, o vereador das Obras Municipais da Câmara de Gaia, Firmino Pereira, garantiu, em Janeiro, que a empreitada seria retomada e concluída no passado mês de Março. Mas nada foi feito até ao momento.
Os passeios e as baias de estacionamento têm degraus demasiado elevados, as caixas de saneamento estão saídas e o piso ficou degradado. A primeira camada de alcatrão não resistiu às chuvas e ao trânsito intenso com a passagem constante de autocarros. Na Rua de Vera Cruz, os veículos já não conseguem evitar os buracos. Os moradores estão indignados.
"Ficou o serviço por acabar", sustenta Joaquim Pereira, que reside próximo do Largo do Montinho. Também Casimiro Ribeiro dá voz ao lamento, convencido de que a espera pela pavimentação final está a demorar demasiado tempo.
Firmino Pereira explica que foi concedida prioridade à colocação de betuminoso nas frentes de obra em curso no concelho, porém assegura que a última camada de alcatrão será posta até ao final deste ano, "desde que as condições climatéricas o permitam".
Os residentes na envolvente à Rua de Rei Ramiro esperam que o retorno dos operários sirva, ainda, para pintar a passadeira naquela artéria, em frente à paragem do autocarro e junto à nova rotunda. Essa rotunda distribui trânsito por três vias, mas só há uma zebra desenhada no alcatrão. E no local menos necessário, insistem os moradores.
"Desde que a Rua Rei Ramiro tem sentido único que os carros circulam com bastante velocidade. São forçados a abrandar por causa da rotunda, porque não têm qualquer passadeira para peões desde a Ribeira até cá cima [no Candal]", explica Helena Barbosa, recordando que, antes das obras na rua, existia uma passadeira em frente à paragem de autocarro.
Na sua opinião, é indispensável que voltem pintá-la nesse local e que seja colocado um sinal de aviso de aproximação à passadeira.
O morador Luís Cardoso lembra que é frequente verem-se pessoas a atravessar a correr para apanhar os autocarros. Certo é que a maioria que se dirige para aquela paragem atravessa na zona onde já não existe passadeira, arriscando a vida diariamente.