Os autarcas de Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo, municípios servidos pelo aterro sanitário da RESULIMA (Vila Fria, Viana do Castelo), estão indignados com o aumento do custo da recolha de resíduos.
Consideram incomportáveis os preços da nova tabela da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) para aquela empresa, neste novo ano. Em certos casos, "mais do que triplicaram".
Segundo comunicado divulgado esta segunda-feira pela Câmara de Ponte de Lima, uma das que contesta o novo tarifário, aqueles seis municípios "solicitaram recentemente uma reunião de urgência à ERSAR, face ao previsto aumento das tarifas de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos neste novo ano de 2022".
"Os presidentes das Câmaras Municipais associadas da RESULIMA, Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo enaltecem a estratégia de investimento da recolha seletiva de resíduos de embalagens e respetivo tratamento e reciclagem, mas consideram que não podem aceitar que a ERSAR apresente uma tabela de preços para vigorar em 2022 que, em certos casos, mais do que triplica os preços atuais", lê-se no mesmo comunicado, no qual os autarcas signatários alertam que "o impacto muito significativo desses preços obrigaria as Câmaras Municipais a fazer refletir esses custos na fatura dos munícipes e das empresas".
Consideram ainda que "a sustentabilidade do setor e da empresa RESULIMA não pode ser posta em causa" e afirmam que vão "lutar para que também não seja posta em causa a sustentabilidade económica das populações que representam e dos municípios a que presidem".
Finalmente, adiantam que "o pedido de reunião seguiu para a ERSAR com caráter de urgência, a agendar ainda para este mês".
No seu conjunto, aqueles seis municípios representam "49% da empresa" RESULIMA.