A ordem de despejo de Joana Pacheco da casa na Ribeira onde mora com os dois filhos, de oito e 12 anos, foi executada esta sexta-feira de manhã. Os ânimos estiveram exaltados na Rua da Fonte Taurina, no Porto.
Ribeira
Mãe com dois filhos menores despejada de casa da Câmara do Porto
O processo arrasta-se desde 2017, logo após a mãe de Joana ter morrido e a rececionista de um hotel ter-se visto forçada a abandonar a casa onde morava para ir cuidar do pai, de 89 anos.
Desde então, tem multiplicado tentativas para regularizar a sua situação. "Saí do agregado dos meus pais em 2012. Aluguei uma casa a dez minutos de onde sempre morei com eles. Mas, quando a minha mãe morreu, de imediato regressei para cuidar do meu pai. E esse mesmo ano pedi a minha reintegração no agregado", contou Joana, ao JN.
Apesar de ter andado três anos a solicitar à Autarquia para ser reintegrada no agregado do pai, titular da habitação, o pedido foi-lhe sempre negado.
Com a morte do pai, há dois anos, Joana passou a assumir o pagamento da renda e tem, inclusive, os recibos passados em seu nome. Mas para o Município isso "não representa o deferimento da mudança da titularidade" e ordenou que Joana saísse da casa, que, considera a Autarquia, "está a ser ocupada abusivamente".