Nos últimos dias, assisto a muitos comentários que denunciam o cansaço inerente ao empréstimo de fundos aos países mais pobres e à inconsistência do modelo da União Europeia.
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Simultaneamente, na filosofia de vida algo individualista que caracteriza o povo Holandês, alguns colegas de trabalho comentam: "Mas não vejo razão para a tua preocupação com a crise portuguesa. Tu agora resides na Holanda e aqui o cenário económico é bem melhor". Algumas sociedades acusam os Holandeses de serem excessivamente poupados e mesmo "forretas". Já concordei mais com esta classificação: hoje vejo a sociedade dos Países-Baixos como mais "profiláctica" e a adoptar medidas preventivas face à crise mundial. Porém, algumas das medidas que a actual coligação Governativa tem tentado implementar, são excessivamente protectoras dos trabalhadores nacionais, o que tem levantado um coro de críticas de muitos imigrantes da União Europeia, relacionadas com a possível colisão entre as medidas propostas e a Constituição Europeia.